"Um indício de que nos tornamos vítimas do auto-engano é se ficarmos irados quando nossas crenças são questionadas. Em vez de ficarmos irados, é sábio manter a mente aberta e escutar com atenção o que outros dizem - mesmo quando temos certeza de que a nossa opinião está certa. - A Sentinela de 15 de julho de 2003, p.22

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Sem o menor escrúpulos!

O relato do patriarca Judá, que era viúvo e tinha o costume usar os serviços das  "prostitutas de templo" da beira da estrada, sabendo disso sua ex nora Tamar (viúva do filho de Judá que morreu sem ter filhos) foi até a beira da estrada e se disfarçou de "prostituta de templo" (Esse "templo", provável prostíbulo em adoração a deuses de outras nações) Judá não perdeu tempo, perguntou quanto era o programa, fechou o valor e caiu no conto de sua ex nora. E assim sendo, Tamar ficou grávida.  Dessa forma, o propósito maior de ser gerado um herdeiro e antepassado do Messias foi cumprido (Gênesis 38:15, 16; Rute 4:12; Mateus 1:3).
Quer dizer, Tamar só conseguiu fazer valer seus direitos da época, dando um golpe no Judá, que gostava de traçar prostitutas de beira de estrada? Nossa que Judá mais justo e santificado este que amparou sua nora e não fazia sexo promíscuo!!!

Além do mais se você estudar a história das relações públicas da época, vai saber que ao contrário do que diz a bíblia, as prostitutas não cobriam sua cabeça e rosto, muito pelo contrário, quem se cobria era a mulher "de família", então não faz o menor sentido Tamar esconder seu rosto, para parecer-se com uma prostituta de estrada! 

Mas enfim, em blogs e sites religiosos, existe uma explicação de que as prostitutas do templo eram cultuadas como sagradas e por isso usavam vestes que escondiam seus rostos (não pode ver o rosto, mas pode ver o resto). E como assim prostitutas sagradas? Que eu saiba isso existia na Grécia e Roma, onde as sacerdotisas dos templos dos deuses dedicados ao amor e sexo, recebiam fiéis, para relações sexuais, parecidas com o sexo tântrico (onde se visava o esplendor do corpo e da mente através do prazer) e também para ensinar sobre reprodução, doenças sexuais, como agradar seu parceiro, prevenir gravidez, ( dentro dos conhecimentos médicos e científicos do tempo ), ensinar poções de amor, amarrações, etc.

Foi a cultura cristã que começou á chamar as sacerdotisas que faziam sexo com os fiéis de prostitutas.
De acordo com a Escritura, fornicação é o equivalente a prostituição, o que fez a moça para pegar seu sogro, Judá. Assim, pecado dela diante dos Deuses, mas justificado diante das situações, conforme Lei Mosaica em vigor. Foi uma vingança dela que deu certo. Ela mesma não era uma prostituta e tampouco aceitou dinheiro pelo sexo. Pegou pertences do Judá como comprovantes de que o filho seria mesmo dele e que, de acordo com a Lei, como eu disse, teria de ser ele o 'salvador do seu filho, dando filhos àquela mulher'. Judá, ao meu ver, era o safadão, pois negou-se a cumprir com a Lei anteriormente e, astuta como uma serpente, mas mansa como uma pomba, a mulher conseguiu seus direitos de outra forma não convencional. Agora, se o Judá 'viu a prostituta' e por isso a 'acolheu', digamos assim, é por que era costumeiro na época ele fazer isso - e acredito que ninguém estava isento de fazer o mesmo
Lógico que os cristãos vão buscar toda forma de sofismas pra JUSTIFICAR esse episódio (as publicações da Torre, por exemplo, estão repletas deles), assim como no caso das filhas de Ló... a argumentação é muito parecida.
Pra mim esse relato é uma grande incoerência e isso não depõe contra o Criador, só expressa e reflete o pensamento da sociedade tribal da época. O Problema é vincular Deus à tudo o que é atribuído a Ele.
Precisamos entender que aquela história que nos foi ensinada, de que o que está escrito ali deve ser aceito sem nenhum questionamento, não procede! Há farta evidência, não só de incoerências em muitos relatos (especialmente no VT), como também de padrões morais absurdos e inaceitáveis para qualquer critério idôneo de justiça!
Diga-me, com toda franqueza: o que acham da “orientação teocrática” para que os israelitas, subjugando um povo, matassem os homens, as mulheres, os idosos e as crianças, mantendo, porém, as virgens, para que os soldados remanescentes pudessem “usá-las” e tomá-las como esposas com aval divino? Adapta-se isto ao seu padrão moral? Tomaria este padrão como aceitável? Pois isto está lá, na Bíblia! – Juizes 21: 5-12.
Que dizer da forma como as mulheres eram tratadas? O valor que se dava a elas naquela cultura primitiva? A instrução de Yavé era a seguinte: Se um homem casasse com uma mulher, mas ela não “mostrasse evidência” de virgindade, era apedrejada pelos homens da cidade. Sabe onde isto deveria ser feito? Na “entrada da casa do seu pai”!! E se a mulher tivesse hímen complacente? Morreria desta forma estúpida, na frente dos pais, por não dar “evidência” de que era virgem??!! Já o homem, se estivesse errado na sua acusação, apenas pagava uma multa e continuava casado! Acha este um padrão “elevado”? Isto também está lá, na Bíblia – Deut 22: 13-21.
Outro exemplo: o relato daquele levita (um religioso!) que foi buscar sua concubina na casa do pai dela e depois retornou com a mesma, sendo acolhido por um homem numa cidade do caminho. Ora, os homens animalescos da cidade queriam “abusar” dele, então o anfitrião da casa, magnânimo, oferece a concubina do levita e a própria filha virgem para serem “usadas” à vontade! O levita não se opôs, ficou na boa. No dia seguinte, a mulher, depois de ser estuprada a noite toda, morre na porta da casa. Ele, para livrar a “honra” de Israel, faz o quê?? Corta a mulher em pedaços e a joga pelo campo!! Não é lindo? O que vc acha disto? Pois também está na Bíblia! – Juizes 19: 1-30 até 20:6.
Das muitas contradições podemos citar o Dilúvio. a história geológica da Terra mostra inundações de caráter absurdo em toda a antiguidade, mas nada que cobrisse os picos dos montes mais altos seja em que período ou região!

Segundo o que eu estudei em geologia e geografia o mar mediterrâneo foi formado por uma enchente! 

Originalmente ele era um vale abaixo do nível do mar, criado após a elevação do leito separar terras através de uma cadeia de montanhas. 

Com o passar do tempo a erosão diminuiu essas montanhas e abriu cânions e fendas por entre elas. 

Com o advento das mudanças climáticas do aquecimento da Terra os níveis do oceano foram subindo e a água foi adentrando neste vale, através dessas brechas e cânions, até preenchê-lo. Essa enchente durou aproximadamente dois anos até encher o vale todo e não foi algo que foi devastando tudo que via pela frente, como uma tsunami, e sim algo que variou entre um escorrer lento e um fluxo rápido e devastante, dependendo do período e dos acidentes do terreno onde ela escorria. 

É tida como a maior inundação da história do planeta Terra e foi regional. Suas implicações para com o resto do planeta vieram de um reforço na mudança climática, na mudança de rotas de migração, alteração nas estruturas da flora e funa da região que tiveram que se adaptar, e foram também graduais, sem muito impacto imediato ao planeta.

Mas essa inundação aconteceu séculos e séculos antes de qualquer ser humano existir, portanto não poderia aparecer nos registros da Bíblia, como sendo o dilúvio, mesmo por que o dilúvio bíblico não foi uma enchente pela elevação do nível dos oceanos, e sim um dilúvio de origem pluvial!

Portanto se nem a maior enchente da História geológica da Terra cobriu os picos dos montes mais altos, como fica o registro do dilúvio, ele foi universal, ou regional?
17 E durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra.

18 E prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas.

19 E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos.

20 Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos.

De acordo com o livro sagrado, as águas cobriram todos os altos montes que existem debaixo dos céus. O mais alto monte da Terra é o Evereste, que tem uma altura de, aproximadamente, 8850m. Além disso, as águas ficaram 15 côvados acima desses montes. Vamos fazer alguns cálculos: Altura do Evereste = 8850m; 1 côvado = 35.4cm; 15 côvados = 35,4 cm x 15 = 5,31m. Logo, podemos concluir que as águas, durante o Dilúvio, atringiram uma altura de, aproximadamente, 8855 metros!

Mais ainda: como chuveu por 40 dias ininterruptamente, através de uma regra de três podemos inferir que, a cada dia, a água subiu cerca de 221,3m por dia. Se você acompanha os noticiários, verá que, mesmo no inverno, esse valor é absurdo para o período de 24 horas; mais ainda, a água deveria ter caído com tanta força que fatalmente destruiria tudo que estivesse em seu caminho, incluindo casas, árvores pontes e, principalmente, uma arca de madeira de 20 mil metros cúbicos.

Mas vamos continuar! Para calcularmos o volume de água,, vamos utilizar um artifício: o raio da Terra é de aproximadamente 6378 km. Vamos considerar uma esfera cujo raio é a soma do raio da Terra e a altura das águas; vamos calcular o volume dessa esfera e, a seguir, vamos subtrair desse volume o volume da Terra. Obteremos, assim, o volume de água do Dilúvio. Com isso, temos os seguintes cálculos:

Raio total = 6378km + 8,850km = 6386,85km

Volume Total = 4/3 * π * rtotal3 = 1091311568365,339km3
Volume Terra = 4/3 * π * rTerra3 = 1086781292542,889km3
Volume Água = Vtotal – VTerra = 4.530.275.822,45km3

Com isso, somos obrigados a fazer algumas observações críticas: seria possível que aproximadamente quatro bilhões e meio de quilômetros cúbicos – que equivalem a aproximadamente 4,53 x 10^21 litros – secassem em 150 dias? Para isso, seria necessário que mais de 3 x 10^19 litros evaporassem diariamente! E para onde iria toda essa água? Parte dela reotrnaria à Terra.

Portanto, pela Matemática, provamos que o Dilúvio Universal é um evento impossível de ter ocorrido – ao menos, no mundo inteiro. Ou ele foi apenjas uma inundação local ou é mais uma das lendas dos povos antigos.
Também, construir a arca foi um teste de fé para Noé e um lembrete constante da vindoura catástrofe para as pessoas em volta dele. 

Um outro problema está na maneira em que Deus distribuiu a vida animal neste planeta. 

Como sabem, cangurus, coalas e os platipuses-de-bico-de-pato nunca existiram na Europa ou em qualquer outro lugar a não ser na Austrália. A vida animal da Austrália (só como exemplo) é particular daquele país. Viajou Noé todo o caminho até a Austrália para recolher estes animais? E, após o Dilúvio, fez Noé todo o caminho de volta para retorná-los? Viajou ele até as Himalaias para buscar o Yak, ou até o Alasca para buscar o urso polar, ou até a América do Sul para recolher o condor? 

Ainda na remota possibilidade de esses animais terem vivido no Oriente Médio 4300 anos atrás, como é que explicamos sua distribuição hoje? 

Certamente, eles não estavam no Oriente Médio a partir de 1513 AEC, ou então eles teriam sido mencionados em relatos bíblicos; ao contrário, lemos apenas sobre vida selvagem local. 

Então, se estes animais exóticos não estavam no Oriente Médio 1500 anos antes de Cristo, eles todos devem ter migrado para seus respectivos países num período de 800 anos após o Dilúvio, não deixando um traço sequer de sua passagem. Nenhum fóssil,  Nenhum osso, nenhum resto, absolutamente nada! E o que teria o urso coala comido pelo caminho? (Ursos coala comem apenas folhas de eucalípito, que são nativos apenas da Austrália e da Indonésia). 

Claro que uma explicação conforme contida no livro Perspicaz p.231, Vol.1 é a de que apenas alguns "tipos" básicos foram levados para dentro da arca. A aumentada radiação depois do desaparecimento da cobertura teria resultado em mais variações genéticas e por conseqüência a abundância de espécies que temos hoje. 

Isto requer um enorme esforço de imaginação, uma vez que isto significaria que em apenas 1000 anos:
43 "tipos" de mamíferos originaram as 4060 espécies de hoje, 
74 "tipos" de pássaros originaram as 8850 espécies de hoje, 
10 "tipos" de répteis originaram as 6600 espécies de hoje! 

Nem mesmo os mais ardentes evolucionistas fariam tal afirmação! Especialmente uma vez que fósseis de muitas espécies de animais de hoje podem ser vistos em pedras que datam de bem antes do Dilúvio. 

Os animais que tiveram rápido congelamento na Sibéria e no Alasca, dos quais fala o livro Perspicaz, Vol.1, p.718, não necessariamente denota uma inundação catastrófica de proporções globais. Ainda assim, com a queda da vasta cobertura sobre a Eurásia, a temperatura do globo poderia ter sido alterada o suficiente para resultar no congelamento instantâneo de cadáveres. 

Fósseis marinhos em montanhas altas podem igualmente ser o resultado dos movimentos naturais da terra. Verdadeiros fósseis levam milhões de anos para se formar e com certeza não poderiam datar de apenas 4300 anos atrás. 

Em conclusão, o que estou dizendo é que depois de extensa pesquisa, não parece haver qualquer prova realmente convincente de que o dilúvio foi global. De fato, a menos que eu esteja deixando de perceber algum dado realmente importante, é difícil de entender por que a maioria dos cristãos são tão incisivos em afirmar que o dilúvio foi global.
Se fizermos uma pesquisa histórica sobre a religião de Israel, veremos que o Judaísmo nada mais é do que uma tradição criada pelos sacerdotes israelitas, homens influentes e ricos, para dar sentido ao seu passado e organizar a sociedade. E esse blá, blá, blá de que o Judaísmo é desde o principio monoteísta é uma lenda! A Torah é que reflete isso, todavia as mais recentes pesquisas históricas deixam suficientemente claro que a religião popular do povo israelita era politeísta onde se adoravam El, Asherat e Baal e que só depois se tornou uma monolatria e muito depois da copilação da Torah se tornou monoteísta de fato. Todo o Velho Testamento, só comprova a tese freudiana de que a religião é uma neurose gerada pela inabilidade do ser humano de lidar com a realidade. Aja visto que o Yahweh, Jeová ou Javé reflete absolutamente os defeitos e as qualidades do povo hebreu, ele era exatamente o que eles necessitavam. Era o "Deus dos Exércitos" para um povo que peregrinava pelo Crescente Fértil, sitiado pelas demais nações que ali habitavam, vivendo uma vida inconstante. Era o "Deus Provisor" para um povo que peregrinando, sem um local para se fixar passava necessidades. A copilação do VT, é a tentativa dos sacerdotes israelitas de legitimarem uma tradição a fim de explicar seu passado como forasteiros e dar a este glória e tornar esse povo peregrino, o povo escolhido do único deus verdadeiro, a fim de tornar o povo de Israel superior a todos os outros da região do Crescente Fértil.
Assim como os hititas, caldeus, assírios, egípcios e outros povos dessa região faziam com suas divindades e cosmovisões. Como citado anteriormente a religião judaica oficial era muito diferente da religião judaica popular. O que está no VT é a versão "canônica" dos sacerdotes judaicos, extremamente diferente da realidade do povo israelita que estava imerso na cultura das civilizações do Crescente Fértil, devido aos relações comerciais.
Sendo assim, podemos afirmar categoricamente que muitos relatos bíblicos estão cheios de mitos, fábulas e histórias registradas de pessoas que viviam a margem de uma religião que atribuía direitos exclusivos a patriarcas, homens de poder e total desrespeito ás mulheres e crianças e povos e culturas estrangeiras.



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