"Um indício de que nos tornamos vítimas do auto-engano é se ficarmos irados quando nossas crenças são questionadas. Em vez de ficarmos irados, é sábio manter a mente aberta e escutar com atenção o que outros dizem - mesmo quando temos certeza de que a nossa opinião está certa. - A Sentinela de 15 de julho de 2003, p.22

domingo, 18 de março de 2012

O processo de transformação nas Testemunhas de Jeová

o processo que transforma uma testemunha de Jeová em um Robô

1- A FASE DE RECRUTAMENTO: é um estudo sistemático das “verdades” subjetivas da TJ, que logo se tornam para ela a única verdade aceitável. No início da doutrina, é dito ao novo recruta que espere por oposição familiar. Vários textos bíblicos são usados para apoiar o argumento deles. O que a pessoa não percebe é que os laços familiares começaram a ser cortados. Esta programação é terminada pela criação de convicções que agem como filtros mentais, que levam a uma percepção distorcida. Isto é feito pelo uso de uma linguagem hipnótica, em que só mesmo um lingüista qualificado descobriria a programação subliminar que é feita por clichês e generalizações, que são dadas como alimento ao indivíduo que não desconfia. Uma vez que os filtr...os estejam plantados, a pessoa começa a encarar a tudo e a todos por uma visão extremista. Agora tudo é visto como preto ou branco, certo ou errado, “nós contra eles”, Deus ou Satanás. Neste momento, qualquer desaprovação familiar é vista como perseguição satânica à sua fé.
2- PERIGO PARA A MENTE: A alienação geralmente é total! Eventualmente, o novo recruta perde sua habilidade de arrazoar e questionar. Passa a evitar pensamentos, informações ou conversas que questionem as doutrinas TJs. Já não pode mais olhar suas ações e comentários num contexto maior da estrutura social e familiar. Ele é completamente revestido pela ordem do dia da organização dos TJs. O que acontece agora é que os familiares não-TJs, estão rotulados como “os parentes mundanos”. Com este rótulo os membros da família são desumanizados e encarados como indivíduos “preparadas para a destruição no armagedon” a menos que eles aceitem a doutrina e o modo de vida das Testemunhas. Nesse ponto a pessoa está totalmente nas mãos da torre de vigia ou seja ela foi conectada Matrix-Vigia!
 

A partir do momento que o estudante começa de fato, a questionar as doutrinas e não fica satisfeito com as respostas, os dirigentes passam a levar o estudo em banho maria, pois percebem que o nível está acima do seu preparo pois não aceitam, não querem aceitar as razões impostas.
Depois que o estudo é deixado de lado, a pessoa é apenas cumprimentada e nunca mais abordada na mesma cordialidade de antes.
Certa vez, tentei 'doutrinar' o marido de minha prima, uma pessoa muito querida e inteligente, sua irmã é TJ, e na época eu não quis aceitar seus argumentos. Hoje, ironicamente, eu penso da mesma forma que ele expôs há 25 anos atrás. Dia desses, encontrei minha prima e disse tudo o que aconteceu, a reviravolta que minha vida deu, e pedi que ela falar para ele o quanto eu lamentava tudo e o quanto agora eu vejo que ele estava certo.
Na época, ele questionou fortemente a existência de Adão e Eva e questionou a finalidade real da árvore do conhecimento e a da vida. Simples assim, hoje eu vejo as contradições entre os capítulos que narram esse mito. No cap 2 versos 7 narra:

E Jeová Deus passou a formar o homem do pó do solo e a soprar nas suas narinas o fôlego de vida, e o homem veio a ser uma alma vivente. 8 Além disso, Jeová Deus plantou um jardim no Éden, do lado do oriente, e ali pôs o homem que havia formado. 9 Jeová Deus fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau.

no cap 3 vers 1 ao 4 narra:Ora, a serpente mostrava ser o mais cauteloso de todos os animais selváticos do campo, que Jeová Deus havia feito. Assim, ela começou a dizer à mulher: “É realmente assim que Deus disse, que não deveis comer de toda árvore do jardim?” 2 A isso a mulher disse à serpente: “Do fruto das árvores do jardim podemos comer. 3 Mas, quanto [a comer] do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Não deveis comer dele, não, nem deveis tocar nele, para que não morrais.’” 4 A isso a serpente disse à mulher: “Positivamente não morrereis. 5 Porque Deus sabe que, no mesmo dia em que comerdes dele, forçosamente se abrirão os vossos olhos e forçosamente sereis como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau.”

Ou seja deus criou o homem depois não confiou no que criou e colocou uma prova lá estranho ele não é perfeito em sua atuação? e porque a palavra mau saiu primeiro da boca de Deus então antes do homem pecar o mau já existia.
 Então? qual é a árvore que estava no meio do jardim a qual a serpente apontava? a do conhecimento ou a da vida ou ambas? Num primeiro momento vc acredita que são ambas, mas no cap 3 é apenas a árvore do conhecimento. Contradição.
Deus já sabia que o mau existia e podia influencia a humanidade. Isso não entra mais na minha cabeça. Agora eu creio que Deus criou tudo com o perfeito equilíbrio entre o bem e o mal, o livre arbítrio é que decide o que faremos, e não somos comandados como robôs a fazer tudo certinho.
 Não fomos criados perfeitos, somos seres evoluidos e em evolução permanente. A humanidade surgiu no início do estágio evolutivo quando o homem apareceu na terra como hominídios daí evoluindo numa escala onde a conciência passa a exercer domínio nas atitudes.
A evolução é perfeitamente divina! Deus criou as coisas com um propósito, porém, cada qual faz suas escolhas que influenciam a próxima geração.
Sendo assim, o pecado jamais existiu, o que existe é a escolha entre fazer o certo e o errado.

Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.
10 E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai;
11 Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),
12 Foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor.

13 Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.
14 Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma.
15 Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.
16 Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.
17 Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.
18 Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.

Os textos acima mostram que a soberania de Deus anula o livre arbítrio, está claro como o dia. Sim, de fato! o suposto deus Jeová anula totalmente o livre arbítrio dizendo que o povo deveria escolher entre o bem e o mal, mas sempre que a escolha fosse o mal o povo sofria destruição, enquanto as pessoas de outras nações pagavam suas escolhas erradas durante suas próprias vidas, o suposto Jeová do VT destruía as pessoas que faziam escolhas erradas não dando chance para que vissem por elas mesmas os resultados ao longo de suas próprias vidas. Esse suposto Jeová do VT arruinava os que não o obedeciam e pronto.
Por isso sou ateu no sentido que não creio nesse Jeová do VT da mesma forma que não creio em Zeus e Baal. Ambos são frutos de uma cultura pagã. O Jeová do VT é mesquinho, masoquista e sanguinário, muito diferente do Deus de amor pregado por Jesus.
Vejam por exemplo o mito de Sansão. Acredito que Sansão não foi mais que um general muito poderoso e forte, mas não ao ponto de poder, como a Bíblia relata, arrancar um portão de várias toneladas e carregar monte Hebron acima, 40 km! para mim, os Israelitas tinham necessidade de ter um herói, como os Gregos tinham Hércules, e acabaram criando esse mito idiota!

Essa questão da soberania universal criou uma dúvida na minha cabeça.
Aprendi com as TJs que a arvore, com fruto proibido, foi colocada ali como simbolo do direito de Jeová de governar e da obrigação do homem obedecer.

Isso não faz sentido nenhum quando imaginamos as criações pré-humanas. Será que existe alguma "arvore" no plano celestial para simbolizar isso entre Deus e os anjos?

Por que só para os humanos tinha que haver um teste de fidelidade?
A questão da soberania faz parte do mito de Gênesis, a árvore é mitológica do contrário, veja bem, tirando o raciocínio que Deus criou tudo do 'puf', abracadabra e aceitando que Deus deu início ao Universo explendido e em expansão de um simples ato inicial, tudo se evoluiu de acordo com o plano Divino, sendo assim, a fauna botânica também evoluiu! Então de onde veio as árvores? Do 'puf'? Talvez me perguntem se eu acredito em milagres, e sim, acredito porque a evolução é um milagre, uma flôr que se abre é um milagre, uma criança que nasce é um milagre e eu acho que Deus não precisa fazer nenhum espetáculo desafiando suas próprias Leis para convencer de sua existência, pois tudo o que existe é graças ao poder que ele deu a dar luz ao universo.
O mito das árvores é simbólico e representa uma lição de fazer escolhas sábias. Vejam outra faceta desse mito: Quando Deus baniu Adão e Eva do Paraíso, Ele colocou dois anjos para impedir que eles retornassem. Onde está esse paraíso? Nunca foi achado! Mas deveria, porque se Adão podia voltar para lá é porque se trata de um lugar literal, mas nunca foi encontrado, e a desculpa dos biblistas é de que Deus o fez desaparecer! Ridículo! Então por quê a necessidade de barrarar o caminho para Adão? Mais uma vez, trata-se de simbolismo.
O que não é mito na Bíblia? Eu acho que são as narrativas da intervenção do suposto Jeová. Eu creio que em alguns trechos o verdadeiro Deus possa ter de fato se manifestado ou também não passar de um mito. Porém, mutas coisas que são atribuídas a Deus não condizem com um Deus de amor. O suposto Jeová para mim, é o usurpador, destruidor e malígno e fez com que um povo acreditasse em suas mentiras e atribuindo suas mesquinharias ao verdadeiro Deus.
Acabamos aprendendo que a bíblia é verdade em detrimento de todos os outros relatos religiosos das outras culturas.
Se pararmos de pensar como "cristãos" por 1 minuto, veremos que a bíblia segue a linha de raciocínio da consciencia coletiva da humanidade.

Todas as culturas de maneiras diferentes tiveram histórias fantásticas parecidas. Um dia farei uma pesquisa específica sobre isso. Histórias como a do maná (comida caindo do céu), do mel do leão, fogo do céu, e muitas outras; são tão fantásticas como as da mitologia grega, persa, hindú...
A diferença é somos ensinados a dar crédito a essas histórias da bíblia e desdenhar das outras.

Assim, esse raciocínio apresentado é muito dificil de ser dialogado com um cristão convicto, pois deve ser analisado como se 90% da bíblia fosse algo figurativo, e o cristão convicto não abre a mente para essa análise.As narrativas dos deuses mitológicos gregos e de outros povos como os sumérios como a epopéia de Gislgamesh são tidos como mitos de psicologia coletiva. Os mitos segundo a psicologia de Carl Jung, são representações da idéia coletiva de uma cultura. Um fato pode ter sido narrado e floreado numa aurora de épico carregado de idéias mitológicas que nada mais são que representações que coroam os feitos.