"Um indício de que nos tornamos vítimas do auto-engano é se ficarmos irados quando nossas crenças são questionadas. Em vez de ficarmos irados, é sábio manter a mente aberta e escutar com atenção o que outros dizem - mesmo quando temos certeza de que a nossa opinião está certa. - A Sentinela de 15 de julho de 2003, p.22

domingo, 13 de novembro de 2011

"Jerusalém, Jerusalém..." (Mateus 23:37,38)

"Jerusalém, Jerusalém..." (Mateus 23:37,38)


Mensagempor IrmaoEmCristo em 13 Nov 2011 08:34

Mateus 23: 37, 38

"Jerusalém, Jerusalém... eis que a vossa casa vos ficará deserta."

Problema:

Esta passagem é referida pelas T.J. como o "decreto de divórcio irrevogável"(1) e é associada a outras passagens como Rom. 2:29 para justificar a aplicação das profecias da restauração do Israel natural em um "sentido espiritual".

Resposta:

1. "Irrevogável" sugere o oposto exato do que esta passagem em Mateus afirma. A passagem não é um "decreto de divórcio irrevogável", mas uma declaração condicional: "Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: bendito o que vem em nome do senhor!" (v. 38, confira com Ezequiel 21:27).

2. Esta passgem tem um paralelo em Jeremias 3:8, no qual Deus dá a Israel uma carta de divórcio dizendo: "Eu despedi a pérfida Israel e lhe dei carta de divórcio" Mas Deus concede-lhe misericórdia: "Não farei cair a minha ira sobre ti, porque eu sou compassivo, diz o SENHOR, e não manterei para sempre a minha ira." (Jer. 3:12, cf. v. 13 - 15). Deus não rejeitou o seu povo. (Romanos 11:1). A casa de Israel dirá, "Bendito o que vem em nome do senhor!" (Mat. 23:39), já que "Veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios." (Rom. 11:25, cf. Isa. 59:20, 21; Heb. 8:8; Jer. 31:31 - 34).

3. Não sendo infalível, um estudante da Bíblia ao longo dos anos pode mudar a sua ideia sobre a interpretação de passagens altamente simbólicas ou obscuras nas Escrituras, mas as T.J mudam doutrinas fundamentais. Isto é um ponto importante. As T.J. devem apresentar uma explicação como a sua organização pode afirmar ser uma teocracia de verdade absoluta e no entanto revisa o seu ensino de um tema do Evangelho que afeta o entendimento de centenas de passagens em muitos livros da Bíblia tanto no Antigo como no Novo Testamento.

4. O ensino contraditório das T.J.:

O que as T.J primeiro ensinavam:

"Encontramos afirmações tanto dos profetas como dos apóstolos que claramente indicam que em tempos de restituição, Israel como nação será a primeira de entre as nações a estar em harmonia com a nova ordem de coisas; que a antiga Jerusalém será reconstruída sobre seus montes, e que a sua governo será restaurado como no princípio sob príncipes ou juízes. (Isa 1:26; Sal. 45:16; Jer. 30:18). (3) O Plano Divino das Eras, p. 294

O que ensinam agora:

"Os fatos e profecias provam que os Judeus naturais nunca mais serão um povo escolhido e recongregado. " Que Deus seja Verdadeiro, p. 208 (2) (edição de 1946).

O que as T.J. primeiro ensinavam:

"Israel agora [1921) está sendo recongregado, e está reconstruindo a Palestina como predito". A harpa de Deus, p. 256 (4)

O que ensinam agora:

"Daí a re-congregação dos Israelitas naturais descrentes à Palestina não pode ser interpretado como o cumprimento de profecias." Que Deus Seja Verdadeiro, p. 218. (edição de 1952). (5)

5. É a reivindicação das T.J que "pregar em harmonia com a Palavra revelada de Deus" é o que "prova alguém para ser ministro"(6) Então quem tomamos por ministro, os escritores T.J. antigos ou os modernos?

6. Pode uma "verdadeira testemunha" provar como errado as "claras indicações" postuladas por outra "verdadeira testemunha" e no entanto ambas manterem-se "testemunhas fieis e verdadeiras"?

7. A descendência carnal constitui um Judeu, um súdito do reino mas não lhe confere o direito de se sentar e governar nos tronos da Casa de David. Todos os Judeus e Gentios que se tornam Judeus "interiormente" (Rom. 2:29; 9:6-8) reinarão como reis associados com o Messias. (2 Tim. 2:12; Rev. 5:10). As T.J. confundem a posição nacional de Israel como súditos do reino com a posição dos santos que serão os governantes.

Notas de roda-pé:

(1)The Watchtower, (Aug. 1, 1962), No. 15, Vol. LXXXVIII, p. 475.

(2)"Let God Be True", (Brooklyn, N.Y.: Watch Tower Bible & Tract Society, 1946), p. 208.

(3)Charles T. Russell, A Helping Hand: Millennial Dawn Vol. 1. The Divine Plan of the Ages, (Pennsylvania: Watch Tower Bible & Tract Society, 1886), P. 294, This publication is still referred to in Watchtower articles. See The Watchtower, (March 1, 1965). No. 5, Vol. LXXXVI, p. 155.

(4)J. F. Rutherford, The Harp of God, (Brooklyn, N.Y.: Watch Tower Bible & Tract Society, 1921), p. 256.

(5)"Let God Be True", (Brooklyn, N.Y.: Watchtower Bible and Tract Society, Inc., 1952), p. 218.

(6) Ibid. p. 224.